sábado, 5 de fevereiro de 2011

O Filete de Luz

Deitado na cama vejo o feixe de luz entrar pela janela entreaberta. Já é de tarde. Apesar de ser um filete de luz consegue iluminar. As janelas dessa casa são de arquitetura antiga, a casa inteira tem um estilo séc. 18, O único contraste são as películas de filme que deixam o ambiente mais terno que o comum. A iluminação perde a força mas o ambiente fica mais aconchegante. A luz fina que entra reflete ao sole e deixa o tom das cores mais vivas. As almofadas ficam mais brilhantes, a colcha da cama reluzente, o armário de pinho mostra sua beleza. O quarto iluminado se apresenta em toda sua sinceridade. A luz da tarde já não é tão forte mas sua intensidade se faz suficiente para descobrir o que o quarto possui de tão escondido. A poeira embaixo de alguns móveis, as aranhas minúsculas pelos vértices das paredes se apresentam como sintomas de uma necessidade faxina que há dias não se faz presente. É... A luz que ilumina o quarto aparece como uma promotora que acusa todas as irregularidades. Escancara uma arquitetura decorativa que pode ser bela para quem a fez mas muito simples para quem apenas usufrui. Essa luz que entra sublime pela janela é o farol das embarcações de nossa mente que navegam pelas costas de todas as cidades. Quando se fecham as janelas dos quartos com as devidas cortinas o quarto perde a sua iluminação e consequentemente todo o seu encanto. Seria como quebrar ou jogar fora todos seus objetos, suas almofadas perdem o brilho, a colcha deixa de reluzir o armário... Beleza não terá mais. É visto que se faz tão importante esse simples feixe de luz que entra pela janela do quarto. Uma luz que dá vida a tudo que está presente, sem a mesma tudo seria nada. Como dizem os hindús: MAYA - Ilusão.

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